sábado, 30 de junho de 2012

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Eu tenho uma bicicleta quebrada e nenhum carro.

Estou desempregado desde Fevereiro com perspectiva de arrumar um emprego logo mais agora em Julho. Sendo assim eu fico pensando em como vou ocupar minhas horas nos dias de folga. Estranho como eu sempre penso em ocupar esse tempo dirigindo (em um carro barato que eu planejo arrumar) ou andando de bicicleta (na minha bicicleta que eu vou consertar). Não que eu esteja me dirigindo pra algum lugar em especial, eu só penso em me guiar mesmo. Escutando música. Ou rádio.

Vai ver eu não tenho muita imaginação quanto a como gastar minha vida.

sábado, 2 de junho de 2012

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A parte mais engraçada de crescer é perceber o seguinte... quando crianças somos todos mais ou menos iguais, porque temos mais ou menos o mesmo dia. Todos fazemos exatamente a mesma coisa todos os dias, vamos à escola. E vemos as mesmas coisas na escola, as mesmas aulas, temos os mesmos horários, temos muitos gostos em comum. Nossos gostos são limitados por brincadeiras e programas de tv, é tudo muito básico, bem limitado. Porque a nossa vida é bem limitada.

Quando adolescentes, começamos a notar o mundo à nossa volta um pouco mais a fundo. Começamos a nos distanciar um dos outros em relação às nossas ocupações diárias. Alguns desenvolvem hobbies, outros arrumam empregos... as opiniões de nossos pais não têm mais tanta importância assim. Claro que ainda somos influenciados pelos adultos, mas começamos a perceber que existem outras pessoas no mundo fora do círculo familiar, e que essas pessoas podem ter opiniões dferentes sobre diversos assuntos, opiniões diferentes das apresentadas pelos nossos pais. A partir daí começamos a definir melhor nossas personalidades e fazer nossas escolhas. Aprendemos também que essas escolhas trazem conseqüências tanto para nós quanto para quem nos cerca, e também define como somos percebidos. Também percebemos, olhando pra outros adultos o que é "ruim" e o que é "bom", criticando alguns comportamentos inclusive.

E quando somos adultos, inevitavelmente nos entregamos a moldes. Sempre, sem excessões. Os que eram adultos nos parecem serem imutáveis, quase como se tivessem nascido com aquela personalidade. Mas as pessoas da mesma faixa etária vão cada vez mais rápido tomando uma forma específica.

É isso que eu acho mais engraçado. Perceber que aqueles seus amigos que quando criança tinham tanto em comum com você, de repente são um tipo específico de adulto. Às vezes até se encaixando num padrão que você enquanto adolescente adotou como "ruim". Várias vezes surpreendendo e muito, "uau, quem diria quefulano(a) ia ficar assim".

Andei achando uma galera com quem estudei no colégio no facebook. Não adicionei ninguém, outra vida.